sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Me queimei

Os encantos da noite
me trazem o açoite
que tento esquecer

Outrora senhor, agora escravo
Escravo da dor do não amor
Escravo do passado maldito,
do futuro mil vezes predito

Quem brinca com fogo
se queima
Não tem jeito,
não tem reza nem rogo
Quem brinca com fogo
se queima

Me queimei!

Mario Sergio

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quero ser, logo sou

Eu sou o que quero ser
Isso é tudo da Lei

Se quero sentir, sentirei
Se quero ouvir, ouvirei
Se quero ver, verei

Da minha alma sou rei
Do meu destino abdiquei

Eu quem crio o meu mundo
Pode ser puro, pode ser imundo,
mas sou eu quem crio o meu mundo

Crio, recrio
Penso, repenso
"Não sei quem sou..."
"Já sei quem sou!
Tudo faz parte
da maldita (ou bendita) arte
de ser o que Sou

Mario Sergio

Seu moço!...

Ohhh, seu moço!
me dá dinheiro?
Tou com fome,
mas da carne só tenho osso,
da fruta só caroço

Tou cansado desse troço
Sou um troço, seu moço
Ninguém me escuta nem vê chorar
Se eu canto ou se morro, ninguém vai se importar
Sou um troço, seu moço

Menino, isso é com o governo
É problema do governo

Moço, eu não sei dessas coisas não
Não sei de governo, de Estado, de Sistema
e nem de "Pátria amada idolatrada",
quero só um pão
Tou cansado dos farelos da Vida, tou cansado do Nada

Mario Sergio

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Quem é você?

O mel dos lábios seus
são veneno,
são engano,
me iludem
e tiram o sono

O brilho dos olhos seus
são o que eu quero
Eu os amo e os venero

Nem sei quem é você,
mas o seu nome chamo sempre
Na noite fria ou no dia quente,
o seu nome eu chamo sempre

Mario Sergio

domingo, 16 de janeiro de 2011

Seja!

Sabendo que nada sabia,
me perdia
na periferia
vazia
do meu coração sem ousadia

Ousem se quiserem sorrir novos dias!
A alma pacata não sente na lata o pleno estar vivo!

Seja homem, seja bicho!
Seja mulher, seja comigo!
Mas seja!
Seja, caramba!
Seja!

Mario Sergio

sábado, 15 de janeiro de 2011

O anjo andarilho

Em uma longa estrada, um andarilho solitário caminhava
Em seus olhos, havia notas de uma canção sonhada,
que ao longo de sua jornada
foi inúmeras vezes cantarolada

Esse andarilho também tinha asas
Ele fora um anjo que ansiava viver como mortal
nesta terra tão desigual
Entender, saber, sentir e sorrir
como homem que aqui ama, sofre e chora
por um amor de outrora

Ele sempre irá caminhar
Nunca desistirá de procurar a verdade da vida
O porquê de ser e o porquê de aqui estar

Narjarah

(Esse poema é uma linda homenagem de uma linda amiga. Eu não mereço ele, mas agradeço sinceramente. Valeu, Nanah!)