Se amas quem te odeia
e odeias quem te ama,
estás perdido
como um doente em sua cama
Se amas quem te ama
e odeias quem te odeia,
estás perdido
como uma mosca em sua teia
Ama, menino, quem te odeia
Ama, menino, quem te ama
Sai, menino, dessa teia
Sai, menino, dessa cama
Mario Sergio
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Não espere carinho
É um exemplo de menino
Comportado, educado e um pouco feminino
Faz tudo o que querem, não pensa sozinho
Se age, age assustado, tem medo do destino
Acorda, menino!
Não existe destino!
Você é quem traça o seu próprio caminho!
Se quiser ser alguém, seja alguém sozinho
Não espere um abraço, um beijo; não espere carinho!
Mario Sergio
Comportado, educado e um pouco feminino
Faz tudo o que querem, não pensa sozinho
Se age, age assustado, tem medo do destino
Acorda, menino!
Não existe destino!
Você é quem traça o seu próprio caminho!
Se quiser ser alguém, seja alguém sozinho
Não espere um abraço, um beijo; não espere carinho!
Mario Sergio
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Estou cativo
Me soltem!
Me soltem!
Me soltem!
Me tirem deste inferno!
Me tirem deste tormento!
Já não aguento!
Estou com frio!
Estou com sede!
Estou com fome!
Estou com sangue nas veias!
Quero viver!
Mario Sergio
Me soltem!
Me soltem!
Me tirem deste inferno!
Me tirem deste tormento!
Já não aguento!
Estou com frio!
Estou com sede!
Estou com fome!
Estou com sangue nas veias!
Quero viver!
Mario Sergio
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Amor e Vida
Quem disse que amar é viver e viver é amar?
Quem foi o sábio ou o tolo a dizer tamanha verdade ou mentira?
Quando amo, vivo...?
Quando vivo, amo...?
Mario Sergio
Quem foi o sábio ou o tolo a dizer tamanha verdade ou mentira?
Quando amo, vivo...?
Quando vivo, amo...?
Mario Sergio
Blasfêmia
Estão vendo o gari varrendo a nossa sujeira?
Ele varre cantando
Ele varre dançando
Ele vive cantando e dançando
No meio do lixo, ele é luxo,
um nobre senhor, um sábio bruxo
E eu?
E vocês?
Blasfemamos
Mario Sergio
Ele varre cantando
Ele varre dançando
Ele vive cantando e dançando
No meio do lixo, ele é luxo,
um nobre senhor, um sábio bruxo
E eu?
E vocês?
Blasfemamos
Mario Sergio
Entende o que digo?
Sol, Sol, Sol,
Lua, Lua, Lua,
me iluminem no dia,
me iluminem na noite
Já não sou quem soía
Já não sinto o açoite
O escravo virou senhor,
mas o senhor ainda é escravo
Quem entende o que digo
merece um abraço apertado
Mario Sergio
Lua, Lua, Lua,
me iluminem no dia,
me iluminem na noite
Já não sou quem soía
Já não sinto o açoite
O escravo virou senhor,
mas o senhor ainda é escravo
Quem entende o que digo
merece um abraço apertado
Mario Sergio
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Está frio lá fora (só lá fora?)
Ninguém consegue ver? Ouvir? Sentir?
Está frio lá fora
Há crianças descobertas lá fora
Estão chorando lá fora
E agora?
Os deserdados do mundo pedem socorro
Alguém os escuta?
Quantos tentam curar suas feridas?
Quantos lembram da existência de suas vidas?
Estão sós
Sim, sós
Sós como eu
Mario Sergio
Está frio lá fora
Há crianças descobertas lá fora
Estão chorando lá fora
E agora?
Os deserdados do mundo pedem socorro
Alguém os escuta?
Quantos tentam curar suas feridas?
Quantos lembram da existência de suas vidas?
Estão sós
Sim, sós
Sós como eu
Mario Sergio
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Minha sombra
É preciso amar como se ama a si mesmo
Quando não se ama a si mesmo,
amar é uma mera ilusão
Só mais uma forma de mascarar a própria
sombra
A minha sombra fala comigo o tempo todo
Me diz o que eu detesto ouvir
Me diz os mistérios do fogo, da água e do ar
Mas eu sou terra, não quero saber
Essa insistência em querer que eu a ouça
me faz perder o controle
Eu me choco contra as rochas
Eu me jogo dos penhascos sem fim...
Mario Sergio
Quando não se ama a si mesmo,
amar é uma mera ilusão
Só mais uma forma de mascarar a própria
sombra
A minha sombra fala comigo o tempo todo
Me diz o que eu detesto ouvir
Me diz os mistérios do fogo, da água e do ar
Mas eu sou terra, não quero saber
Essa insistência em querer que eu a ouça
me faz perder o controle
Eu me choco contra as rochas
Eu me jogo dos penhascos sem fim...
Mario Sergio
Não vá pisar (muito) na merda
Diz o velho ditado:
"Em terra de cego, quem tem um olho é rei"
Eu digo: "Em terra de cego,
quem tem um olho não pisa na merda"
É bruto? É, eu sei. Mas não quero ser rei
Só quero poder caminhar sem sujar (muito)
as minhas botas
Quem anda no lamaçal não pode ser fraco
Passar mal? Não brinque comigo, garoto
Seja homem, enfrente as fúrias do vermelho, azul e branco monstro
Mario Sergio
"Em terra de cego, quem tem um olho é rei"
Eu digo: "Em terra de cego,
quem tem um olho não pisa na merda"
É bruto? É, eu sei. Mas não quero ser rei
Só quero poder caminhar sem sujar (muito)
as minhas botas
Quem anda no lamaçal não pode ser fraco
Passar mal? Não brinque comigo, garoto
Seja homem, enfrente as fúrias do vermelho, azul e branco monstro
Mario Sergio
Gordura infernal
Todos juntos num banquete funerário
Irmãos? Não, não. São só mais carne
E, quanto mais carne, mais gordos os filhos
dos senhores do mundo
Tanta gordura me faz sentir o gosto ácido do Inferno
Mario Sergio
Irmãos? Não, não. São só mais carne
E, quanto mais carne, mais gordos os filhos
dos senhores do mundo
Tanta gordura me faz sentir o gosto ácido do Inferno
Mario Sergio
Almas saborosas
Comeram as almas dos homens
como se come as carnes dos bichos
Mastigaram vorazmente
e tiveram o cuidado de cuspir os ossos fora
Quem seria o louco de se engasgar com os ossos?
Mario Sergio
como se come as carnes dos bichos
Mastigaram vorazmente
e tiveram o cuidado de cuspir os ossos fora
Quem seria o louco de se engasgar com os ossos?
Mario Sergio
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Perdido
Nem o mar, nem a terra, nem a Lua,
nem a moça sentada na rua
podem me fazer esquecer
dos dias tristes que passei sem você
Moça, me ouça
Eu grito, eu choro; você não liga
Eu imploro; você faz birra
Eu ignoro; você vem, me perturba,
me tira o sono, me põe na curva
Me põe na curva, me põe na curva...
Já estou perdido
Espírito do Céu banido,
por você nem por Deus sou querido
Mario Sergio
nem a moça sentada na rua
podem me fazer esquecer
dos dias tristes que passei sem você
Moça, me ouça
Eu grito, eu choro; você não liga
Eu imploro; você faz birra
Eu ignoro; você vem, me perturba,
me tira o sono, me põe na curva
Me põe na curva, me põe na curva...
Já estou perdido
Espírito do Céu banido,
por você nem por Deus sou querido
Mario Sergio
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