Amar o Amor com amoras
Amar o Amor com senhoras
Amar o Amor com outroras horas
Amar o Amor com vocês
Amar o Amor com o chinês, inglês, português
Amar o Amor com um, dois, três
Amar o Amor com o meu Deus
Amar o Amor com adeus
Amar o Amor com todos os eus
Amar o Amor entre nós
Mario Sergio
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Minha Dora
Dora adora se achegar de mim
Vem quietinha, leve, uma brisa, e sussurra,
Fala aos meus ouvidos coisas que eu preferia não ouvir,
Transtorna a minha alma com arrepios indescritíveis
Dora adora me importunar
Fica dias, meses sem dar sinal de vida,
Mas quando acha por bem aparecer,
Vem como um furacão num dia tranquilo de verão
Dora simplesmente me adora
Não sei qual a razão, motivação, é que é uma moça inexplicável
Das que cruzam, cruzaram o meu caminho,
É a menos desejada e mesmo assim a que mais me ensina, ensinou
Sem Dora, o que seria de mim? Quem eu seria sem ela? Não seria nada
Me moldou, e me molda, e moldará um pouquinho ainda,
Até que eu diga adeus e Dora vá pra não voltar
Ou quase isso...
Mario Sergio
Vem quietinha, leve, uma brisa, e sussurra,
Fala aos meus ouvidos coisas que eu preferia não ouvir,
Transtorna a minha alma com arrepios indescritíveis
Dora adora me importunar
Fica dias, meses sem dar sinal de vida,
Mas quando acha por bem aparecer,
Vem como um furacão num dia tranquilo de verão
Dora simplesmente me adora
Não sei qual a razão, motivação, é que é uma moça inexplicável
Das que cruzam, cruzaram o meu caminho,
É a menos desejada e mesmo assim a que mais me ensina, ensinou
Sem Dora, o que seria de mim? Quem eu seria sem ela? Não seria nada
Me moldou, e me molda, e moldará um pouquinho ainda,
Até que eu diga adeus e Dora vá pra não voltar
Ou quase isso...
Mario Sergio
Procura
Viajei mundos,
Perdi fundos,
Mergulhei em pântanos imundos
Só para vê-la despir-se,
Sorrir-se diante de mim
Imaginei que compensaria todo meu sacrifício e dor
se tudo fosse realmente assim
Mas agora, se é má ou boa hora, essa questão não entendo,
Que sua sublime presença, atrativa, sempre cativa...
Está a me desafiar, a me fazer querer saboreá-la,
Perco-me a imaginar suas reações ao que pretendo
Será que aceita um chá de cidreira? Talvez um cheiro na orelha...
Não, não desejo que core, desejo que adore
a perspectiva de estar envolvida por meus braços cálidos,
a sentir meu respirar entrecortado em seu formoso e palpitante regaço
O que me dirá? Fará valer minha procura ou negar-se-á a me tornar feliz?
Mario Sergio
Perdi fundos,
Mergulhei em pântanos imundos
Só para vê-la despir-se,
Sorrir-se diante de mim
Imaginei que compensaria todo meu sacrifício e dor
se tudo fosse realmente assim
Mas agora, se é má ou boa hora, essa questão não entendo,
Que sua sublime presença, atrativa, sempre cativa...
Está a me desafiar, a me fazer querer saboreá-la,
Perco-me a imaginar suas reações ao que pretendo
Será que aceita um chá de cidreira? Talvez um cheiro na orelha...
Não, não desejo que core, desejo que adore
a perspectiva de estar envolvida por meus braços cálidos,
a sentir meu respirar entrecortado em seu formoso e palpitante regaço
O que me dirá? Fará valer minha procura ou negar-se-á a me tornar feliz?
Mario Sergio
Distração
Sonhei,
Pedi,
Corri,
Suei,
Chorei,
Sangrei
E ganhei
Acordei,
Abri os olhos e os ouvidos,
Vi e ouvi,
Analisei
E descobri que tudo estava bem aqui
Mario Sergio
Pedi,
Corri,
Suei,
Chorei,
Sangrei
E ganhei
Acordei,
Abri os olhos e os ouvidos,
Vi e ouvi,
Analisei
E descobri que tudo estava bem aqui
Mario Sergio
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Costumava... Podia...
Eu costumava ter o mundo sob os pés
Eu podia antever os movimentos do tabuleiro com perfeição
Eu costumava dormir e achar que podia voar, alcançar o paraíso
Eu podia cruzar os espaços com a velocidade dos cometas
Eu costumava crer em homens e mulheres; eles mentiam sim
Eu podia tapar os olhos e os ouvidos e ainda assim ver e ouvir, nunca pude fugir
Eu costumava cuspir na sua cruz, a desculpa era lustrar mais a madeira
Eu podia fazer tudo isso sem remorso ou arrependimento. Podia. Não posso mais
Mario Sergio
Eu podia antever os movimentos do tabuleiro com perfeição
Eu costumava dormir e achar que podia voar, alcançar o paraíso
Eu podia cruzar os espaços com a velocidade dos cometas
Eu costumava crer em homens e mulheres; eles mentiam sim
Eu podia tapar os olhos e os ouvidos e ainda assim ver e ouvir, nunca pude fugir
Eu costumava cuspir na sua cruz, a desculpa era lustrar mais a madeira
Eu podia fazer tudo isso sem remorso ou arrependimento. Podia. Não posso mais
Mario Sergio
domingo, 19 de agosto de 2012
Vida
Indecifrável enigma,
Esfinge que devora quem ousa questioná-la,
Rainha dos segredos de ouro,
Diz-me o que de mim esperas
Sou apenas um caminhante perdido no deserto
Não tenho água, não tenho sombra, não tenho nada
Qual oferta poderia eu entregar a tua soberana presença?
Mario Sergio
Esfinge que devora quem ousa questioná-la,
Rainha dos segredos de ouro,
Diz-me o que de mim esperas
Sou apenas um caminhante perdido no deserto
Não tenho água, não tenho sombra, não tenho nada
Qual oferta poderia eu entregar a tua soberana presença?
Mario Sergio
Eu é que não sei
Rebole, rebole, mas cuidado:
Nunca se sabe do dia seguinte
Acorda triste e não sabe por quê?
Vende a alma e ainda quer sorrir?
Troca algumas carícias por algumas moedas
Trinta moedas, como Judas
Mas sem trair o Cristo
Ou será que trai?
Sei lá
Opinião não dou
Vá falar com um padre, pastor, rabino, doutor
Sei lá
Mario Sergio
Nunca se sabe do dia seguinte
Acorda triste e não sabe por quê?
Vende a alma e ainda quer sorrir?
Troca algumas carícias por algumas moedas
Trinta moedas, como Judas
Mas sem trair o Cristo
Ou será que trai?
Sei lá
Opinião não dou
Vá falar com um padre, pastor, rabino, doutor
Sei lá
Mario Sergio
Juntos
Vamos reinar sobre a lama e o lodo
Vamos respirar a poluição e deixar os olhos arderem na fuligem
Vamos atravessar as poças de sangue, de mãos dadas
Vamos correr a corrida até o final, até a linha de chegada
Vamos combater o bom combate e destroçar membros (nossos ou não)
Vamos pairar como borboletas alvas e ferroar como zangões negros
Vamos apenas estar aqui, sem mais e sem menos, apenas estar aqui. Juntos
Mario Sergio
Vamos respirar a poluição e deixar os olhos arderem na fuligem
Vamos atravessar as poças de sangue, de mãos dadas
Vamos correr a corrida até o final, até a linha de chegada
Vamos combater o bom combate e destroçar membros (nossos ou não)
Vamos pairar como borboletas alvas e ferroar como zangões negros
Vamos apenas estar aqui, sem mais e sem menos, apenas estar aqui. Juntos
Mario Sergio
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Estou com você
Não tenha medo, o pior já passou
Eu vi você cruzar os infernos e estive por perto o tempo todo
Eu vi você chorar escondido e implorar aniquilação, Eu vi e chorei junto
Não tenha medo, o pior já passou
Agora estou guiando a sua vontade, estou unindo-a à Minha Vontade
Juntos faremos aquilo que precisamos fazer, mantenha-se firme na Rocha
Agora estou carregando o seu corpo cansado e a sua mente quase insana
Juntos atravessaremos todos os desertos e beberemos de todos os oásis
Apenas confie, confie em Mim, não tenha medo e verá a Minha Glória
Apenas enlace os seus braços no Meu Pescoço, enlace e sinta o Meu Cheiro
Não quero o seu mal, quero só o seu bem, completo bem, até o transbordamento dele
Não quero que fique longe, não fique longe, aproxime-se de Mim, Filho Meu, venha Cá
Mario Sergio
Eu vi você cruzar os infernos e estive por perto o tempo todo
Eu vi você chorar escondido e implorar aniquilação, Eu vi e chorei junto
Não tenha medo, o pior já passou
Agora estou guiando a sua vontade, estou unindo-a à Minha Vontade
Juntos faremos aquilo que precisamos fazer, mantenha-se firme na Rocha
Agora estou carregando o seu corpo cansado e a sua mente quase insana
Juntos atravessaremos todos os desertos e beberemos de todos os oásis
Apenas confie, confie em Mim, não tenha medo e verá a Minha Glória
Apenas enlace os seus braços no Meu Pescoço, enlace e sinta o Meu Cheiro
Não quero o seu mal, quero só o seu bem, completo bem, até o transbordamento dele
Não quero que fique longe, não fique longe, aproxime-se de Mim, Filho Meu, venha Cá
Mario Sergio
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Prisão libertadora
Avezinha presa numa gaiola canta, canta, canta
Cante, avezinha, diz seu Dono, cante
Mostre pra as aves que é bom sonorizar com o Vento
Cante, avezinha, sem medo, cante
Amanhã Eu deixo você voar
Hoje não, amanhã
Amanhã Eu quebro essa gaiola malvada e ponho você nas Minhas mãos
Um impulso e um voo lindo, avezinha, um forte impulso
Não, não chore, avezinha
Cante alegre, cante alegria
Perceba que essas notas, esses tons mudam vidas
Mudam sim, avezinha
Estão mudando
As outras soltas sem som algum e você aí presa com o Universo na garganta
Avezinha boba, glorifique!
Mario Sergio
Cante, avezinha, diz seu Dono, cante
Mostre pra as aves que é bom sonorizar com o Vento
Cante, avezinha, sem medo, cante
Amanhã Eu deixo você voar
Hoje não, amanhã
Amanhã Eu quebro essa gaiola malvada e ponho você nas Minhas mãos
Um impulso e um voo lindo, avezinha, um forte impulso
Não, não chore, avezinha
Cante alegre, cante alegria
Perceba que essas notas, esses tons mudam vidas
Mudam sim, avezinha
Estão mudando
As outras soltas sem som algum e você aí presa com o Universo na garganta
Avezinha boba, glorifique!
Mario Sergio
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Cale-se e assobie
Naquele tempo, andava num ninho de serpentes e comia frutos proibidos sorridente
Tudo presente mas ausente de tudo, porque o nada estava junto
A falta de sentido tornava a água veneno e o veneno virava suco de limão
"Delícia"... pensamento que ia e vinha e parecia até alucinação ou ões ou cova de leões...
Daniel... Quem clama? Oi. Diga, responda, contradiga, expresse, não se envergonhe
Deixe bater, pulsar, viver. Respire por você e por quem ama, não busque soluções imediatas
Vai querer a cama feita, a roupa passada e comida pronta? Quem te deu tanta manha?
Manha... Manhã... Na manhã, o Sol vem, o Sol brilha, o Sol vem, o Sol brilha...
O Sol... Estrela... Estrela da Manhã... Cova de leão? Daniel? Não... Judá...
Judiar do Leão... Coroa de espinhos... A Cruz. Cada um carregue a sua cruz
Cinge a Coroa de Ouro depois de derramado todo o sangue
Senhor, afasta de mim este Cálice. Está vazio. Quero cheio. Do vinho. Que prometeu
Prometeu antes que eu fosse eu. Agora sou eu e mais eu, sem ninguém
Sem ninguém? Ilusão. Um só coração. Bate o coração, pulsa, vive, vibra
Cadê a ilusão? Desfez-se. Iluminação num poema sem nexo algum
Decifra-me ou não. Não, a dualidade loucura-sanidade pode te tragar
Talvez volte, talvez fique lá no limbo dos que ousaram procurar
E eu fico aqui ouvindo o sabiá. Sabia que o sabiá sabia assobiar?
Sábio sabiá...
Mario Sergio
Tudo presente mas ausente de tudo, porque o nada estava junto
A falta de sentido tornava a água veneno e o veneno virava suco de limão
"Delícia"... pensamento que ia e vinha e parecia até alucinação ou ões ou cova de leões...
Daniel... Quem clama? Oi. Diga, responda, contradiga, expresse, não se envergonhe
Deixe bater, pulsar, viver. Respire por você e por quem ama, não busque soluções imediatas
Vai querer a cama feita, a roupa passada e comida pronta? Quem te deu tanta manha?
Manha... Manhã... Na manhã, o Sol vem, o Sol brilha, o Sol vem, o Sol brilha...
O Sol... Estrela... Estrela da Manhã... Cova de leão? Daniel? Não... Judá...
Judiar do Leão... Coroa de espinhos... A Cruz. Cada um carregue a sua cruz
Cinge a Coroa de Ouro depois de derramado todo o sangue
Senhor, afasta de mim este Cálice. Está vazio. Quero cheio. Do vinho. Que prometeu
Prometeu antes que eu fosse eu. Agora sou eu e mais eu, sem ninguém
Sem ninguém? Ilusão. Um só coração. Bate o coração, pulsa, vive, vibra
Cadê a ilusão? Desfez-se. Iluminação num poema sem nexo algum
Decifra-me ou não. Não, a dualidade loucura-sanidade pode te tragar
Talvez volte, talvez fique lá no limbo dos que ousaram procurar
E eu fico aqui ouvindo o sabiá. Sabia que o sabiá sabia assobiar?
Sábio sabiá...
Mario Sergio
Sarça Ardente
Há quem diga que vereis o amanhã radiante
Mas como diz isso se nem pensa num instante que o amanhã talvez não venha?
É difícil acreditar, mais difícil ainda ter que duvidar de tudo
Andar sem chão pra pisar, tudo é movediço,
Um mar de impossibilidades. Todas possíveis
Tudo possível
Assustador
É poder sem limites
A mente quem dita as regras
A mente quem dá as cartas e até blefa
Você fica na indecisão... indecisão... imensidão...
O tempo todo a mesma coisa. Quase loucura, quase sanidade
Amor, ódio, bondade, maldade, luz, trevas, dia, noite...
É um par aqui, outro lá e mais um quem sabe onde
Sempre, sempre, sempre
Se a cabeça não é bom conselheiro, então decide ouvir o coração
Mas como ouvir o coração?
O que pode ele falar?
Ou melhor. Em que língua, que linguagem?
Sinais, alfabetos, pinturas, desenhos, sons...? Sei lá
Ouvir o coração, ouvir o coração, ouvir o coração
Você saca algumas nisso aí
Diria insights... em sites... in sítios...
Sítios verdejantes... deitado sobre... Ele guiará
Quem? Ele... Você sabe. Já O ouviu uma ou duas vezes
Quando? Silêncio. No silêncio...
Não deu atenção, claro. Geralmente não dão
Geralmente querem ser superiores a tudo... Inclusive a...
Deixe quieto. Já deu pra entender
Mas de volta ao centro. Teocentro
Ele... Sim. Quando silencia a mente, a Voz vem
É preciso se livrar de tudo. Nem que seja por um instante
Um instante eterno, bem verdade
É como um big bang interno,
Um universo nascendo dentro de si
Ou talvez uma reconexão...
Não dá pra explicar o que não tem explicação
Aceite. Nem tudo tem. Há coisas que fogem a mais afiada razão
Correm, saltam, voam e deixam poeira no ar e frustração
Eu sei...
Então a sarça arde e booommm
O peregrino canta, dança, pula e adora
Adora... Adorar... A dourar a carne e torná-la saborosa pra Ele
Se entregue, não hesite. A salvação bate às portas e levita. Seja rápido,
Agarre-a pelas pernas e voe junto
Amém
Mario Sergio
Mas como diz isso se nem pensa num instante que o amanhã talvez não venha?
É difícil acreditar, mais difícil ainda ter que duvidar de tudo
Andar sem chão pra pisar, tudo é movediço,
Um mar de impossibilidades. Todas possíveis
Tudo possível
Assustador
É poder sem limites
A mente quem dita as regras
A mente quem dá as cartas e até blefa
Você fica na indecisão... indecisão... imensidão...
O tempo todo a mesma coisa. Quase loucura, quase sanidade
Amor, ódio, bondade, maldade, luz, trevas, dia, noite...
É um par aqui, outro lá e mais um quem sabe onde
Sempre, sempre, sempre
Se a cabeça não é bom conselheiro, então decide ouvir o coração
Mas como ouvir o coração?
O que pode ele falar?
Ou melhor. Em que língua, que linguagem?
Sinais, alfabetos, pinturas, desenhos, sons...? Sei lá
Ouvir o coração, ouvir o coração, ouvir o coração
Você saca algumas nisso aí
Diria insights... em sites... in sítios...
Sítios verdejantes... deitado sobre... Ele guiará
Quem? Ele... Você sabe. Já O ouviu uma ou duas vezes
Quando? Silêncio. No silêncio...
Não deu atenção, claro. Geralmente não dão
Geralmente querem ser superiores a tudo... Inclusive a...
Deixe quieto. Já deu pra entender
Mas de volta ao centro. Teocentro
Ele... Sim. Quando silencia a mente, a Voz vem
É preciso se livrar de tudo. Nem que seja por um instante
Um instante eterno, bem verdade
É como um big bang interno,
Um universo nascendo dentro de si
Ou talvez uma reconexão...
Não dá pra explicar o que não tem explicação
Aceite. Nem tudo tem. Há coisas que fogem a mais afiada razão
Correm, saltam, voam e deixam poeira no ar e frustração
Eu sei...
Então a sarça arde e booommm
O peregrino canta, dança, pula e adora
Adora... Adorar... A dourar a carne e torná-la saborosa pra Ele
Se entregue, não hesite. A salvação bate às portas e levita. Seja rápido,
Agarre-a pelas pernas e voe junto
Amém
Mario Sergio
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Senhora Realidade, prazer em conhecê-lo
Lá vem a Realidade nua, crua e usando batom vermelho
Ela se achega sem muito jeito, não é dama das sensuais
É meio grossa, bruta, quer agarrar seu pescoço e deixar marcas de unha
Ou morder, morder com força, nada de carinho, a Realidade é fria
Você tenta escapar, esquivar como alguém que tenta desviar duma bala
Mas já viu alguém desviar duma bala? Não. Então...
"Bora conversar um pouquinho,
deixe eu soprar no ouvidinho umas coisas que eu sei"
É pesadelo certo, vai falar sobre túmulos recém-abertos
Ou reabertos... Há quem goste de dessenterrar cadáveres
Mas tanto faz, ela quer um abraço
Um abraço tão forte que pode quebrar costelas, perfurar pulmões, pressionar corações
Tão intensamente que explodem
E jorram sangue pra todo canto
Mario Sergio
Ela se achega sem muito jeito, não é dama das sensuais
É meio grossa, bruta, quer agarrar seu pescoço e deixar marcas de unha
Ou morder, morder com força, nada de carinho, a Realidade é fria
Você tenta escapar, esquivar como alguém que tenta desviar duma bala
Mas já viu alguém desviar duma bala? Não. Então...
"Bora conversar um pouquinho,
deixe eu soprar no ouvidinho umas coisas que eu sei"
É pesadelo certo, vai falar sobre túmulos recém-abertos
Ou reabertos... Há quem goste de dessenterrar cadáveres
Mas tanto faz, ela quer um abraço
Um abraço tão forte que pode quebrar costelas, perfurar pulmões, pressionar corações
Tão intensamente que explodem
E jorram sangue pra todo canto
Mario Sergio
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Lagarteando
E lá vai a lagarta lagarteando entre folhas verdes bem escuras
Se isolou num casulo alvinho a lagartinha feia e solitária
Todos passam e nem notam
E ela permanece lá no casulinho, no aconcheguinho dela
Se abriu colorida, radiante, não é mais feiosa nem desprezada,
Agora é borboleta alada, invejada
Carrega pra lá e pra cá as sementes de vida e vivifica o mundo cinza,
Que por ela já não é tão cinza, agora é verde, vermelho, amarelo, azul
E tantas cores que não entram numa lista,
Como essas de mercado ou loja de materiais de construção
Mario Sergio
Se isolou num casulo alvinho a lagartinha feia e solitária
Todos passam e nem notam
E ela permanece lá no casulinho, no aconcheguinho dela
Se abriu colorida, radiante, não é mais feiosa nem desprezada,
Agora é borboleta alada, invejada
Carrega pra lá e pra cá as sementes de vida e vivifica o mundo cinza,
Que por ela já não é tão cinza, agora é verde, vermelho, amarelo, azul
E tantas cores que não entram numa lista,
Como essas de mercado ou loja de materiais de construção
Mario Sergio
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Sopre, vento
É o vento que sopra quando quer
Que me põe a dedilhar as cordas do verso
E tecer estrofes aos tropeços
São poemetos meio assim e acolá
Que parecem mais crianças deitadas em berços
Pedindo leite ou reclamando por terem feito caquinha
A cada linha travo e me escancaro nas entrelinhas
Mas quem sabe ler a alma minha se enche de alegria
Pois há mistérios que eu ponho em cada estrofe e cada verso
Decifre-os se quiser, não tenha medo, não vou devorar ninguém
Vive algo de esfinge pacífica e desenho artístico
No meu coração quase poético, não de comedor de almas
Mario Sergio
Que me põe a dedilhar as cordas do verso
E tecer estrofes aos tropeços
São poemetos meio assim e acolá
Que parecem mais crianças deitadas em berços
Pedindo leite ou reclamando por terem feito caquinha
A cada linha travo e me escancaro nas entrelinhas
Mas quem sabe ler a alma minha se enche de alegria
Pois há mistérios que eu ponho em cada estrofe e cada verso
Decifre-os se quiser, não tenha medo, não vou devorar ninguém
Vive algo de esfinge pacífica e desenho artístico
No meu coração quase poético, não de comedor de almas
Mario Sergio
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Tudo
Quero tudo
Todos os toques,
Todos os beijos,
Todas as posições,
Todos os ritmos,
Todos os calores, cheiros, sabores,
Todas as carícias do depois,
Todas as delícias do nós dois
A pista cheia de luz com um convite pra mais e mais
Mario Sergio
Todos os toques,
Todos os beijos,
Todas as posições,
Todos os ritmos,
Todos os calores, cheiros, sabores,
Todas as carícias do depois,
Todas as delícias do nós dois
A pista cheia de luz com um convite pra mais e mais
Mario Sergio
terça-feira, 22 de maio de 2012
Nem tão assim
As folhas vão caindo uma por uma
E a minha árvore se torna cada vez menos cheia de vida
Os galhos vão secando e ficando cada vez mais retorcidos
E o último suspiro parece que já foi dado há muito tempo
Apesar de toda essa desolação, as sementes que caíram
São levadas pelo vento, pela chuva, pelo correr das águas
E trazem a esperança de que novas árvores possam nascer, crescer
E reproduzirem-se a partir de mim, árvore já não tão árvore assim
Mario Sergio
E a minha árvore se torna cada vez menos cheia de vida
Os galhos vão secando e ficando cada vez mais retorcidos
E o último suspiro parece que já foi dado há muito tempo
Apesar de toda essa desolação, as sementes que caíram
São levadas pelo vento, pela chuva, pelo correr das águas
E trazem a esperança de que novas árvores possam nascer, crescer
E reproduzirem-se a partir de mim, árvore já não tão árvore assim
Mario Sergio
quinta-feira, 29 de março de 2012
Noite, tenha fim
Às vezes, a noite não é finita
Cada instante dura uma época inteira
E todas as lembranças que queimam caem do céu
Às vezes, os anjos do inferno saem a brincar
Trazem chicotes com pontas de diamante e não temem estalar
E eu choro como criança que não tem o que comer, o que beber, o que gritar
A dor é intensa quando não se vê o término da sentença proferida
A agonia é lancinante, um ácido forte derretendo todo restante de esperança no porvir
Não é um tipo de reclamação, é só constatação, juro... Eu juro
Queria sim certas flores neste meu jardim
Pensar que será sempre cinza assim dói demais, me põe num torpor tão, tão ruim...
Noite, tenha fim antes que a ceifeira venha enfim, venha a mim
Mario Sergio
Cada instante dura uma época inteira
E todas as lembranças que queimam caem do céu
Às vezes, os anjos do inferno saem a brincar
Trazem chicotes com pontas de diamante e não temem estalar
E eu choro como criança que não tem o que comer, o que beber, o que gritar
A dor é intensa quando não se vê o término da sentença proferida
A agonia é lancinante, um ácido forte derretendo todo restante de esperança no porvir
Não é um tipo de reclamação, é só constatação, juro... Eu juro
Queria sim certas flores neste meu jardim
Pensar que será sempre cinza assim dói demais, me põe num torpor tão, tão ruim...
Noite, tenha fim antes que a ceifeira venha enfim, venha a mim
Mario Sergio
quinta-feira, 22 de março de 2012
Saga
Dama das Águas Pacíficas,
Ajoelho-me diante da vossa majestade,
Imploro um pouco de clemência,
Cansado estou e não sei quando atingirei a Terra Prometida
Senhor dos Verdes Pastos,
Sou um pastor sem rebanho
Arrebanhando dores que não me deixam,
Ouça a minha voz na noite fria, escura, sem valia,
Veja que tento, tento, tento,
Se consigo ou não, não é questão de lamento ou gozo,
Mas de seguir a saga com um sorriso glorioso
Ambos sabem a estrada que me está à frente,
É um caminho duro, cheio de pedras, bem diferente
Não que eu reclame ou questione essa jornada,
Mas um tanto de energia, conforto, recompensa não custa nada
Até onde eu sei, todo rei merece uma coroa bem esculpida
Que fique firme, forte na fronte que se mantém erguida,
Embora toda a luta que se confronta na laboriosa vida
Mereço algum respeito, consideração
Mereço e sei, mas não grito aos quatro cantos,
Espero algum lugar que me dê alívios a tantos prantos,
Espero a luz que ilumina qualquer mancha e clareia a escuridão
Mario Sergio
Ajoelho-me diante da vossa majestade,
Imploro um pouco de clemência,
Cansado estou e não sei quando atingirei a Terra Prometida
Senhor dos Verdes Pastos,
Sou um pastor sem rebanho
Arrebanhando dores que não me deixam,
Ouça a minha voz na noite fria, escura, sem valia,
Veja que tento, tento, tento,
Se consigo ou não, não é questão de lamento ou gozo,
Mas de seguir a saga com um sorriso glorioso
Ambos sabem a estrada que me está à frente,
É um caminho duro, cheio de pedras, bem diferente
Não que eu reclame ou questione essa jornada,
Mas um tanto de energia, conforto, recompensa não custa nada
Até onde eu sei, todo rei merece uma coroa bem esculpida
Que fique firme, forte na fronte que se mantém erguida,
Embora toda a luta que se confronta na laboriosa vida
Mereço algum respeito, consideração
Mereço e sei, mas não grito aos quatro cantos,
Espero algum lugar que me dê alívios a tantos prantos,
Espero a luz que ilumina qualquer mancha e clareia a escuridão
Mario Sergio
sábado, 17 de março de 2012
Luminares
Eu quero a lua,
A rainha prata, dama da noite cintilante...
Quero sonhar com seus raios pousando sobre mim
Como pássaros alvos e puros de amor
E quem sabe até ser inspirado tal qual poeta da noite,
Não mais sendo tão tocado pelo antigo açoite
Eu quero o sol,
Alto, lindo e radiante...
Quero sentir seu calor,
Fechar os olhos e ver vermelho,
Sentir o frio ir embora com um arrepio,
Perceber a brisa suave e ouvir os raios penetrarem nos poros
Lua, que torna claro o noturno céu
num brilho leitoso de paz,
ilumina os passos que dou no escuro,
mostra-me as pedras traiçoeiras do caminho,
dissolve as névoas que embaraçam minha visão,
e deixa-me perceber um pouco de seu lado oculto
Sol, que nasce em mim liberdade,
Numa verdade incerta desfaz meus temores,
Radia em mim seu amor profundo,
Mostra-me seu intenso mundo,
Dissipa todos meus rubores,
Se põe em meu seio num final de tarde
Canto aos luminares celestes o que canta
Minha estelar essência, que pede excelência
Nesta inquieta, insegura existência
Clamo luz suprema nos dias cinzentos
E luminosidade serena nas noites-desespero
Venham em meu socorro enquanto ainda os vejo,
Sei lá até quando posso sentir esse beijo,
Mas quero o acalanto enquanto respiro
Graziele Buchino e Mario Sergio
A rainha prata, dama da noite cintilante...
Quero sonhar com seus raios pousando sobre mim
Como pássaros alvos e puros de amor
E quem sabe até ser inspirado tal qual poeta da noite,
Não mais sendo tão tocado pelo antigo açoite
Eu quero o sol,
Alto, lindo e radiante...
Quero sentir seu calor,
Fechar os olhos e ver vermelho,
Sentir o frio ir embora com um arrepio,
Perceber a brisa suave e ouvir os raios penetrarem nos poros
Lua, que torna claro o noturno céu
num brilho leitoso de paz,
ilumina os passos que dou no escuro,
mostra-me as pedras traiçoeiras do caminho,
dissolve as névoas que embaraçam minha visão,
e deixa-me perceber um pouco de seu lado oculto
Sol, que nasce em mim liberdade,
Numa verdade incerta desfaz meus temores,
Radia em mim seu amor profundo,
Mostra-me seu intenso mundo,
Dissipa todos meus rubores,
Se põe em meu seio num final de tarde
Canto aos luminares celestes o que canta
Minha estelar essência, que pede excelência
Nesta inquieta, insegura existência
Clamo luz suprema nos dias cinzentos
E luminosidade serena nas noites-desespero
Venham em meu socorro enquanto ainda os vejo,
Sei lá até quando posso sentir esse beijo,
Mas quero o acalanto enquanto respiro
Graziele Buchino e Mario Sergio
sexta-feira, 16 de março de 2012
E lá vem o Sol
Tecidos de seda nobre temperando corpos de podridão enorme
Almas degradadas descem escadas
Que levam aos palácios dourados feitos de carne e ossos inocentes
Vibrem os descrentes na crença dos honestos,
Pois os tempos são vindos e a verdade brilhará como nunca brilhou
Vejam arrepiados o esplendor que se levanta
Lento mas forte, firme, intrépida criança que agora lança
O olhar em direção ao mar, ao horizonte infinito
Voltem aos gritos aqueles que se perderam na estrada,
A hora é chegada, nenhuma humana alma será renegada,
Mas nenhuma delas se furtará da escolha
Livre-arbítrio reinará como nunca, decidam-se logo
Ou recebam a inglória fortuna dos infortunados,
Dos anjos caídos do paraíso recém-reencontrado
Mario Sergio
Almas degradadas descem escadas
Que levam aos palácios dourados feitos de carne e ossos inocentes
Vibrem os descrentes na crença dos honestos,
Pois os tempos são vindos e a verdade brilhará como nunca brilhou
Vejam arrepiados o esplendor que se levanta
Lento mas forte, firme, intrépida criança que agora lança
O olhar em direção ao mar, ao horizonte infinito
Voltem aos gritos aqueles que se perderam na estrada,
A hora é chegada, nenhuma humana alma será renegada,
Mas nenhuma delas se furtará da escolha
Livre-arbítrio reinará como nunca, decidam-se logo
Ou recebam a inglória fortuna dos infortunados,
Dos anjos caídos do paraíso recém-reencontrado
Mario Sergio
domingo, 4 de março de 2012
Coisa comestível
Vejo o sol nascer no horizonte e sinto a alegria num instante
Percorrer o meu corpo como um vibrante lapso de não sei nada
É uma percorrida caminhada que não foi notada durante uma madrugada
Mal iluminada por uma lanterna meio velha, meio quebrada
Quem disse que viajar nas paragens ocultas do meu oculto ser
Não vale a pena não conhece o que é sentir a alma pequena
Por entender os vários dilemas que podem pegar de surpresa
Quem põe questões na mesa que ninguém ousa comê-las
Melhor seria se a diarreia de ideias sem valia não viessem noite e dia,
Mas já que vêm sem dó, que eu faça uma sopa, uma salada de jiló ou
Qualquer coisa comestível pra algum faminto saborear
Numa outra noite mal iluminada ali por fora
Por agora, eu paro, respiro e admiro o horizonte límpido e o sossego quente
Dessa ausência de tempestades estridentes na minha impaciente mente
Mario Sergio
Percorrer o meu corpo como um vibrante lapso de não sei nada
É uma percorrida caminhada que não foi notada durante uma madrugada
Mal iluminada por uma lanterna meio velha, meio quebrada
Quem disse que viajar nas paragens ocultas do meu oculto ser
Não vale a pena não conhece o que é sentir a alma pequena
Por entender os vários dilemas que podem pegar de surpresa
Quem põe questões na mesa que ninguém ousa comê-las
Melhor seria se a diarreia de ideias sem valia não viessem noite e dia,
Mas já que vêm sem dó, que eu faça uma sopa, uma salada de jiló ou
Qualquer coisa comestível pra algum faminto saborear
Numa outra noite mal iluminada ali por fora
Por agora, eu paro, respiro e admiro o horizonte límpido e o sossego quente
Dessa ausência de tempestades estridentes na minha impaciente mente
Mario Sergio
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Viver no escuro
Mau humor, dia de mau humor
Mau amor, tudo culpa do mau amor
Mal amados pela vida ou vida mal amada
Tanto faz
Só sei que desanima estar no escuro
Se lá fora a luz brilha mil vezes mais
A espera dizem ter fim,
Mas quem está no fogo
Não pensa com uma lógica assim
Quem está no fogo vê o tempo como inimigo impiedoso
Não passa, por que não passa? Chega logo um momento de pura graça
Pedido desesperado, grito alucinante, só quem brada alto sabe
Mario Sergio
Mau amor, tudo culpa do mau amor
Mal amados pela vida ou vida mal amada
Tanto faz
Só sei que desanima estar no escuro
Se lá fora a luz brilha mil vezes mais
A espera dizem ter fim,
Mas quem está no fogo
Não pensa com uma lógica assim
Quem está no fogo vê o tempo como inimigo impiedoso
Não passa, por que não passa? Chega logo um momento de pura graça
Pedido desesperado, grito alucinante, só quem brada alto sabe
Mario Sergio
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Paz interior
A noite alta e o cheiro de chuva lá fora
Aqui dentro, a inquietação cede à contemplação do que é belo
Tudo é belo
Até mesmo o meu chinelo ali, calçado dos meus pés
Não é poético? O que é poético?
Cada coisa tem potencial pra virar uma canção, virar um poema
É só querer
Rearranja aqui, ali e lá está
Eu quero glorificar a alegria de ser quem sou, de ter quem tenho,
De amar quem amo, de ser amado por quem quer que seja
Não importa muito nada que importa tanto quanto dizem
Quando se vive essa sutil paz interior
Quem dera conseguisse manter esse sentimento o tempo todo
Eu sei que eu posso, mas não faço
Ninguém faz. Por quê?
Mario Sergio
Aqui dentro, a inquietação cede à contemplação do que é belo
Tudo é belo
Até mesmo o meu chinelo ali, calçado dos meus pés
Não é poético? O que é poético?
Cada coisa tem potencial pra virar uma canção, virar um poema
É só querer
Rearranja aqui, ali e lá está
Eu quero glorificar a alegria de ser quem sou, de ter quem tenho,
De amar quem amo, de ser amado por quem quer que seja
Não importa muito nada que importa tanto quanto dizem
Quando se vive essa sutil paz interior
Quem dera conseguisse manter esse sentimento o tempo todo
Eu sei que eu posso, mas não faço
Ninguém faz. Por quê?
Mario Sergio
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