Às vezes, a noite não é finita
Cada instante dura uma época inteira
E todas as lembranças que queimam caem do céu
Às vezes, os anjos do inferno saem a brincar
Trazem chicotes com pontas de diamante e não temem estalar
E eu choro como criança que não tem o que comer, o que beber, o que gritar
A dor é intensa quando não se vê o término da sentença proferida
A agonia é lancinante, um ácido forte derretendo todo restante de esperança no porvir
Não é um tipo de reclamação, é só constatação, juro... Eu juro
Queria sim certas flores neste meu jardim
Pensar que será sempre cinza assim dói demais, me põe num torpor tão, tão ruim...
Noite, tenha fim antes que a ceifeira venha enfim, venha a mim
Mario Sergio
quinta-feira, 29 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Saga
Dama das Águas Pacíficas,
Ajoelho-me diante da vossa majestade,
Imploro um pouco de clemência,
Cansado estou e não sei quando atingirei a Terra Prometida
Senhor dos Verdes Pastos,
Sou um pastor sem rebanho
Arrebanhando dores que não me deixam,
Ouça a minha voz na noite fria, escura, sem valia,
Veja que tento, tento, tento,
Se consigo ou não, não é questão de lamento ou gozo,
Mas de seguir a saga com um sorriso glorioso
Ambos sabem a estrada que me está à frente,
É um caminho duro, cheio de pedras, bem diferente
Não que eu reclame ou questione essa jornada,
Mas um tanto de energia, conforto, recompensa não custa nada
Até onde eu sei, todo rei merece uma coroa bem esculpida
Que fique firme, forte na fronte que se mantém erguida,
Embora toda a luta que se confronta na laboriosa vida
Mereço algum respeito, consideração
Mereço e sei, mas não grito aos quatro cantos,
Espero algum lugar que me dê alívios a tantos prantos,
Espero a luz que ilumina qualquer mancha e clareia a escuridão
Mario Sergio
Ajoelho-me diante da vossa majestade,
Imploro um pouco de clemência,
Cansado estou e não sei quando atingirei a Terra Prometida
Senhor dos Verdes Pastos,
Sou um pastor sem rebanho
Arrebanhando dores que não me deixam,
Ouça a minha voz na noite fria, escura, sem valia,
Veja que tento, tento, tento,
Se consigo ou não, não é questão de lamento ou gozo,
Mas de seguir a saga com um sorriso glorioso
Ambos sabem a estrada que me está à frente,
É um caminho duro, cheio de pedras, bem diferente
Não que eu reclame ou questione essa jornada,
Mas um tanto de energia, conforto, recompensa não custa nada
Até onde eu sei, todo rei merece uma coroa bem esculpida
Que fique firme, forte na fronte que se mantém erguida,
Embora toda a luta que se confronta na laboriosa vida
Mereço algum respeito, consideração
Mereço e sei, mas não grito aos quatro cantos,
Espero algum lugar que me dê alívios a tantos prantos,
Espero a luz que ilumina qualquer mancha e clareia a escuridão
Mario Sergio
sábado, 17 de março de 2012
Luminares
Eu quero a lua,
A rainha prata, dama da noite cintilante...
Quero sonhar com seus raios pousando sobre mim
Como pássaros alvos e puros de amor
E quem sabe até ser inspirado tal qual poeta da noite,
Não mais sendo tão tocado pelo antigo açoite
Eu quero o sol,
Alto, lindo e radiante...
Quero sentir seu calor,
Fechar os olhos e ver vermelho,
Sentir o frio ir embora com um arrepio,
Perceber a brisa suave e ouvir os raios penetrarem nos poros
Lua, que torna claro o noturno céu
num brilho leitoso de paz,
ilumina os passos que dou no escuro,
mostra-me as pedras traiçoeiras do caminho,
dissolve as névoas que embaraçam minha visão,
e deixa-me perceber um pouco de seu lado oculto
Sol, que nasce em mim liberdade,
Numa verdade incerta desfaz meus temores,
Radia em mim seu amor profundo,
Mostra-me seu intenso mundo,
Dissipa todos meus rubores,
Se põe em meu seio num final de tarde
Canto aos luminares celestes o que canta
Minha estelar essência, que pede excelência
Nesta inquieta, insegura existência
Clamo luz suprema nos dias cinzentos
E luminosidade serena nas noites-desespero
Venham em meu socorro enquanto ainda os vejo,
Sei lá até quando posso sentir esse beijo,
Mas quero o acalanto enquanto respiro
Graziele Buchino e Mario Sergio
A rainha prata, dama da noite cintilante...
Quero sonhar com seus raios pousando sobre mim
Como pássaros alvos e puros de amor
E quem sabe até ser inspirado tal qual poeta da noite,
Não mais sendo tão tocado pelo antigo açoite
Eu quero o sol,
Alto, lindo e radiante...
Quero sentir seu calor,
Fechar os olhos e ver vermelho,
Sentir o frio ir embora com um arrepio,
Perceber a brisa suave e ouvir os raios penetrarem nos poros
Lua, que torna claro o noturno céu
num brilho leitoso de paz,
ilumina os passos que dou no escuro,
mostra-me as pedras traiçoeiras do caminho,
dissolve as névoas que embaraçam minha visão,
e deixa-me perceber um pouco de seu lado oculto
Sol, que nasce em mim liberdade,
Numa verdade incerta desfaz meus temores,
Radia em mim seu amor profundo,
Mostra-me seu intenso mundo,
Dissipa todos meus rubores,
Se põe em meu seio num final de tarde
Canto aos luminares celestes o que canta
Minha estelar essência, que pede excelência
Nesta inquieta, insegura existência
Clamo luz suprema nos dias cinzentos
E luminosidade serena nas noites-desespero
Venham em meu socorro enquanto ainda os vejo,
Sei lá até quando posso sentir esse beijo,
Mas quero o acalanto enquanto respiro
Graziele Buchino e Mario Sergio
sexta-feira, 16 de março de 2012
E lá vem o Sol
Tecidos de seda nobre temperando corpos de podridão enorme
Almas degradadas descem escadas
Que levam aos palácios dourados feitos de carne e ossos inocentes
Vibrem os descrentes na crença dos honestos,
Pois os tempos são vindos e a verdade brilhará como nunca brilhou
Vejam arrepiados o esplendor que se levanta
Lento mas forte, firme, intrépida criança que agora lança
O olhar em direção ao mar, ao horizonte infinito
Voltem aos gritos aqueles que se perderam na estrada,
A hora é chegada, nenhuma humana alma será renegada,
Mas nenhuma delas se furtará da escolha
Livre-arbítrio reinará como nunca, decidam-se logo
Ou recebam a inglória fortuna dos infortunados,
Dos anjos caídos do paraíso recém-reencontrado
Mario Sergio
Almas degradadas descem escadas
Que levam aos palácios dourados feitos de carne e ossos inocentes
Vibrem os descrentes na crença dos honestos,
Pois os tempos são vindos e a verdade brilhará como nunca brilhou
Vejam arrepiados o esplendor que se levanta
Lento mas forte, firme, intrépida criança que agora lança
O olhar em direção ao mar, ao horizonte infinito
Voltem aos gritos aqueles que se perderam na estrada,
A hora é chegada, nenhuma humana alma será renegada,
Mas nenhuma delas se furtará da escolha
Livre-arbítrio reinará como nunca, decidam-se logo
Ou recebam a inglória fortuna dos infortunados,
Dos anjos caídos do paraíso recém-reencontrado
Mario Sergio
domingo, 4 de março de 2012
Coisa comestível
Vejo o sol nascer no horizonte e sinto a alegria num instante
Percorrer o meu corpo como um vibrante lapso de não sei nada
É uma percorrida caminhada que não foi notada durante uma madrugada
Mal iluminada por uma lanterna meio velha, meio quebrada
Quem disse que viajar nas paragens ocultas do meu oculto ser
Não vale a pena não conhece o que é sentir a alma pequena
Por entender os vários dilemas que podem pegar de surpresa
Quem põe questões na mesa que ninguém ousa comê-las
Melhor seria se a diarreia de ideias sem valia não viessem noite e dia,
Mas já que vêm sem dó, que eu faça uma sopa, uma salada de jiló ou
Qualquer coisa comestível pra algum faminto saborear
Numa outra noite mal iluminada ali por fora
Por agora, eu paro, respiro e admiro o horizonte límpido e o sossego quente
Dessa ausência de tempestades estridentes na minha impaciente mente
Mario Sergio
Percorrer o meu corpo como um vibrante lapso de não sei nada
É uma percorrida caminhada que não foi notada durante uma madrugada
Mal iluminada por uma lanterna meio velha, meio quebrada
Quem disse que viajar nas paragens ocultas do meu oculto ser
Não vale a pena não conhece o que é sentir a alma pequena
Por entender os vários dilemas que podem pegar de surpresa
Quem põe questões na mesa que ninguém ousa comê-las
Melhor seria se a diarreia de ideias sem valia não viessem noite e dia,
Mas já que vêm sem dó, que eu faça uma sopa, uma salada de jiló ou
Qualquer coisa comestível pra algum faminto saborear
Numa outra noite mal iluminada ali por fora
Por agora, eu paro, respiro e admiro o horizonte límpido e o sossego quente
Dessa ausência de tempestades estridentes na minha impaciente mente
Mario Sergio
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